Catarina a Grande
Catarina a Grande
Nascida na cidade de Stettin na Prússiaem 1729, Sofia Augusta Federica Anhalt-Zerbst era sobrinha da czarina Isabel e foi arranjada para se casar com Pedro III, seu filho adotivo, o casamento ocorre em 1745 e Sophie passa a se chamar Catarina Alexievna, se convertendo à fé ortodoxa. Tanto Pedro quanto Catarina mantinham amantes sem nenhum segredo, e o então amante dela, Gregory Orloff e seu irmão Alexei, planejavam um golpe de estado em Pedro III após sua ascensão ao trono, e sem resistência da corte e da população, o golpe é realizado e Catarina se torna então czarina do Império Russo, em 1762, quando Pedro foi preso e em seguida assassinado por Alexei Orloff, obrigando a Czarina e cortar relações com os irmãos pelo tamanho que seria o escândalo.
Catarina seguiu o modelo de governo despotista, o que concentrou a ela poder absoluto no império, enquanto obteve diversas conquistas territoriais e culturais na Rússia, com grandes avanços na modernização do império e expansão do território, conquistando territórios da Ucrânia, Crimeia, Bielorrússia, Curlândia e Lituânia. Sob seu comando, seu país saiu vitorioso da primeira guerra russo-turca que ocorreu entre 1768 e 1774, o que deu aos russos acesso ao Mar Negro e a grandes portos do sul da Ucrânia, onde eles fundaram cidades como Odessa, Nikolayev, Yeakaterinoslav e Kherson, além de ter sido assinado o Tratado de Küçük Kaynarc, o qual conferiu aos russos livre passagem pelo Estreito de Dardanelos entre o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo, e os nomeou protetores dos ortodoxos, conseguindo autorização para a construção de uma igreja ortodoxa em Constantinopla.
A Czarina dava grande importância a cultura, arte e educação, tendo fundado em 1764 o Instituto Smolny, uma escola para garotas da nobreza, e inspirada por John Locke, escreveu um manual para a educação de crianças, além de a sua coleção pessoal ter dado início ao Museu Hermitage. Ela também manteve contato com autores como Voltaire, Diderot e d'Alembert, e, tendo obtido conhecimento de que o governo francês planejava confrontar a obra que na época ainda estava em andamento "Encyclopédie, ou dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers (Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões)" por considerá-la anti-religiosa, Catarina propôs a Diderot que a finalizasse na Rússia sob sua proteção.
Catarina morreu em novembro de 1796, vítima de um acidente vascular cerebral, foi encontrada caída no chão de seu quarto por um de seus criados, que acionou o médico da corte de imediato, mas apesar das tentativas de reanimá-la, ela entrou em coma e morreu na noite seguinte, poucos anos antes ela tinha deixado as seguintes instruções: "Deitem o meu corpo vestido de branco, com uma coroa dourada na cabeça na qual deve estar inscrito o meu nome cristão. O luto deve durar seis meses, nada mais, quanto menos tempo, melhor.".
Catarina II foi uma grande monarca do Império Russo, estes foram apenas alguns de seus feitos, há muito mais do que isso que pode ser explorado, embora as primeiras coisas que aparecem sobre ela são os escândalos sexuais e a quantidade de amantes que ela teve, Catarina foi uma mulher à frente do seu tempo, embora lutou para manter seu poder totalitário sob o império, valorizava a evolução intelectual
e cultural da população de seu país e deixou uma contribuição imensa que até hoje pode ser aproveitada, governou com punho firme e vitalidade e é sem dúvida uma das maiores imagens da Rússia imperial, é uma grande mulher que merece ser lembrada.