Joana D´arc

Joana D'arc nasceu aproximadamente no ano de 1412 em Domrémy, na França. Esse período foi marcado pela Guerra dos Cem anos, que foi considerada um dos maiores conflitos da Idade Média, durando de 1337 a 1453, na qual França e Inglaterra lutavam pelo domínio do trono e do território francês.

Aos 13 anos, Joana começou a receber visitas e ter visões de São Miguel Arcanjo, Santa Catarina e Santa Margarida, os quais conversavam com ela e a orientavam, que ela estava predestinada a ajudar o Rei Carlos VII, o monarca Francês do período, a se livrar dos Ingleses e dos ataques deles às suas terras, a menina então aos 16 anos fez a primeira tentativa de contatar o Rei através do comandante Robert de Baudricourt, que no primeiro momento não deu ouvidos a ela e a mandou voltar para casa. Aproximadamente um ano mais tarde ela tentou convencê-lo novamente, e ele, ainda não acreditando nela, pediu ajuda do padre local para se certificar que ela não era uma impostora, e assim, autorizou que ela fosse escoltava até o lugar onde o Rei se encontrava, na fortaleza de Chinon, Vale do Loire, ela cortou os cabelos, se vestiu com roupas iguais as dos homens, e foi.

Há relatos de que com a chegada de Joana em Chinon, vestiram um membro da corte de rei e o Rei na plateia, para testar as habilidades divinatórias da menina, como ela nunca o havia visto, mas rapidamente ela o reconheceu, então ela foi até ele e se apresentou. Isso não é necessariamente um fato, são boatos que podem ou não ser reais.

Após uma conversa em particular com o Rei, não se sabe como ela conseguiu convencê-lo, ele ordenou que dessem a ela uma armadura e armas, além de homens, para que ela os liderasse nas batalhas que viriam.

No ano de 1429 ela comandou o exército a recuperar cidades que já haviam sido tomadas or ingleses, e assim os fizeram, com grandes vitórias ela recuperou as cidades de Orleans, Auxerre, Troyes, Chalons e Reims, onde, em 17 de julho do mesmo ano, Carlos VII foi finalmente coroado Rei da França com poder total sobre o trono. Vitória para a França, e missão cumprida para Joana.

Estátua de Joana D'arc na Place des Pyramides (1874), de Emmanuel Frémiet.

Tudo lindo até aqui, mas como estamos falando da Idade Média, é óbvio que a história não acaba bem.

Em 1430, em uma batalha em Paris, Joana foi capturada por Borgonheses e vendida aos Ingleses, os

quais fizeram um julgamento e a declarando culpada por bruxaria, heresia, blasfêmia, dentre outras coisas, e, esperando ajuda do Rei e do Papa, não teve ajuda de ninguém.

Dizem que o Rei enviou um bispo até o local, para atuar como acusador e assim ajudar a definir a sentença dela, a menina foi traída pelo Rei que ela acreditava e ajudou a coroar, pois a fama e a lealdade que Joana havia conquistado, não o agradaram.

Em 30 de maio de 1431, na Praça du Vieux-Marché, em Rouen, Joana D'arc foi queimada viva.

Anos depois, em 1456, após o Papa Calisto III mandar revisar o processo, Joana foi inocentada, tarde demais para recuperar a vida, mas não tarde demais para virar um dos maiores símbolos de patriotismo de seu país, e, em 1920, Joana foi canonizada, se tornando assim a Santa Joana D'arc, ganhando um dia de comemoração em seu nome, além de várias estátuas espalhadas por Paris.

Estátua de Joana D'arc na Catedral de Notre-Dame de Paris (1920), de Charles Desvergnes.

Beatriz Abreu