Lyudmila Pavlichenko

Lyudmila Pavlichenko

Hoje falaremos sobre mais uma mulher que se destacou no exército soviético durante a Segunda Guerra. Lyudmila Pavlichenko nasceu na Ucrânia e aos 14 anos, quando se mudou para a capital Kiev, entrou para um clube de tiro onde começou a se aperfeiçoar. Mais tarde entrou para a Universidade de Kiev, e lá entrou em um núcleo de treinamento a atiradoras do Exército Vermelho, desenvolvendo suas habilidades de sniper.

Pavlinchenko se alistou nos esforços de guerra com a Operação Barbarossa (ação militar da Alemanha nazista que enviou aproximadamente 3,6 milhões de soldados com 3.600 tanques e 2.700 aviões de guerra para invadir a União Soviética, quebrando o Pacto Molotov-Ribbentrop assinado pela URSS e pela Alemanha dois anos antes em Moscou, concordando que os países não se atacassem). Assim ela fez parte da primeira leva de voluntários e deu início a sua gloriosa carreira.

Tentaram convencê-la a se alistar como enfermeira, mas ela se recusou e se maneteve firme em sua escolha, e entrou para um grupo de duas mil atiradoras de elite, como já vimos anteriormente (em Lydia Litvyak) o exército soviético abriu espaço para mulheres atuarem no front como atiradoras, aviadoras e etc. Começou a contar baixas na cidade de Belyayeyka, mas os alemães conseguiram avançar e seu batalhão teve que recuar para a cidada de Odessa, e lá, em apenas dois meses, contou aproximadamente 100 baixas nazistas com seu rifle de longo alcance. Com os alemães avançando rapidamente, teve que ser transferida novamente, desta vez para a Crimeia, onde foi promovida a tenente.

Foi atingida por um ataque aéreo e teve que ser afastada temporariamente da guerra, ficando um mês em observação médica, nesse período, foi convocada a ser comissária diplomática em Washington, sendo recebida por Franklin Roosevelt na Casa Branca, fazendo algumas outras visitas diplomáticas pelo país até retornar para a URSS.

Lyudmilia retornou a Rússia e se aposentou do campo de batalha contabilizando 309 baixas confirmadas, incluindo 36 snipers alemães, alguns destes teriam sido enviados com o propósito de matá-la. Passou a treinar snipers para o efetivo militar, foi declarada Heroína Nacional na URSS e recebeu a Estrela de Ouro, se tornando um ícone da propaganda de guerra soviética, e com o fim da guerra em 1945, retornou a Universidade de Kiev, passando a viver longe dos holofotes, como historiadora, morreu em 1974 em Moscou, em decorrência de um AVC.

Beatriz Abreu